A CATEQUESE E A RESPONSABILIDADE DO PÁROCO


Não são poucas e nem pequenas as responsabilidades do Padre. Comecemos com algumas de suas atribuições. Compete ao padre: rezar com o rebanho e por este; apascentá-lo na doutrina cristã; exercer as suas funções com zelo; orientar e superintender as atividades da Igreja, a fim de tornar eficiente a vida espiritual do povo de Deus; prestar assistência pastoral; instruir os neófitos, dedicar atenção à infância e à mocidade, bem como aos necessitados, aflitos, enfermos e desviados; governar.

Escrevendo aos efésios, diz o grande apóstolo Paulo: “E ele mesmo (Jesus) concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro, e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro” (Ef 4.11-15).
Pelo que podemos perceber das atribuições e vocação do padre, o ensino (no mais amplo sentido do termo) é a característica prioritária do ministério pastoral. O zelo e a responsabilidade doutrinária do sacerdote o tornam necessariamente ligado à catequese. Ele é o superintendente ex-oficio da catequese. Por isso mesmo, ao padre jamais deve faltar a informação necessária acerca do que está sendo ensinado na catequese. Para isso, o coordenador deve ser seu maior aliado. Um verdadeiro braço direito na condução da igreja. O coordenador que não estiver disposto a andar com o seu pároco não conseguirá promover a paz e a unidade no corpo de Cristo. Enfim, o padre precisa saber o que os catequistas ensinam ao seu rebanho, quem ensina e como se ensina. Esta informação ele adquirirá primeiramente com o coordenador e através das constantes reuniões com o conselho de catequese.

O padre deve ser um verdadeiro conselheiro no meio de seus auxiliadores. Diálogo é fundamental. É imprescindível que o padre e a liderança da catequese falem uma só língua e se ajudem mutuamente, conforme recomenda Paulo em 1 Coríntios 1,10: “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma cousa, e que não haja entre vós divisões; antes sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no parecer”.

A catequese agradece!

Ademais, pela experiência e formação pastoral que tem, o padre precisa estar atento às carências de seus catequistas e coordenador. Ele deve zelar pelo aprimoramento de sua catequese investindo pesado em sua liderança. Precisa indicar e sugerir bons livros, mostrando a importância e valor da leitura. Também, é necessário que o padre incentive a sua liderança a participar e a promover eventos educacionais.

Acredite: O padre é a chave que abre a porta do sucesso da catequese. Se você, padre, tiver visão pedagógica, além de administrativa é claro, ninguém segurará sua catequese. O Espírito Santo gosta de pessoas assim e quer usar pessoas assim.

Além disso, é necessário que o padre tenha propósitos permanentes e bem definidos para a catequese.

Quais devem ser os objetivos do padre para a catequese? São basicamente estes:

1) promover a edificação da Igreja na Palavra para o serviço,

2) ganhar vidas para Cristo e discipulá-las e

3) formar líderes capacitadores.