Quatro horas de linda manhã! No céu, escuro, já apareciam riscos amarelos prometendo um dia ensolarado.
Os pescadores , já bem acordados, tomavam seu café com broa aprontando-se para a pescaria.
Joaquim, Antonio, José, João, Carlos, Bastião e muitos outros eram fortes de pele bronzeada pelo sol. Descalços pisavam firmes na areia. À cabeça, usavam grandes chapéus de palha para protegê-los do forte calor que faria.
Certamente o dia seria bom para a pesca
os fortes homens remaram para bem longe da praia e depois, parando os remos, ficaram à espera do que desejavam.
-O dia vai ser bom!
-É dia de peixes grandes!
_Peixes grandes são bons para vender.
-Isto mesmo!
O mar verde, imenso, era um grande espelho.
de repente, surgiu um grande cardume: peixes enormes, vermelhos e dourados...
Foi só lançar a rede.. e pronto!
os barcos se encheram! Os pescadores movimentaram os remos. A pescaria era farta.
Mais adiante, viram outro cardume: desta vez, de peixinhos bem pequenos.
-Eu não vou apanhá-los.
-Nem eu.
Só Bastião os recolheu e os pescadores pensaram:
-Perda de tempo...
Já na praia, esvaziaram os barcos e separaram os peixes grandes em dois montes: Os que comeriam e os que venderiam.
Bastião , no entanto, tinha três montes, porque levara os pequeninos.
-Que vai fazer com os miúdos?
-Vocês vão ver! Todos são importantes!
E os pequeninos peixes se transformaram em gostosas sardinhas fritas que todos comeram com satisfação.
Temos que dar valor a todos: grandes e pequenos, porque todos são importantes.